Terras da minha Beira onde esvoaça
A signa audaz duma energia antiga,
a gentileza, o amor e a eterna graça
- Eu te saúdo, ó terra minha amiga.
Anda na serra a praia-mar das cores,
Tintas de Deus em seu painel de Abril,
e eis que à floresta chegam cantores,
e o sol inflama os altos céus de anil.
Castanheiros de velhas frondes reais
Fartura e abrigo aos pobres de Jesus,
Braços ao alto, erguidos mais e mais
Cerros, planaltos, onde o ar e a luz
Têm o vigor das eras patriarcais
- Ó terra santa, abraço a tua cruz!
“ José Alves Monteiro (1890)”
A Família Fernandes Alves Teixeira (João e Quinhas) partilhou este poema que descreve a nossa Beira Baixa de uma forma assaz elevada e descritiva, com tudo quanto ainda hoje sentimos quando a percorremos !
Sem comentários:
Enviar um comentário